quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO¹ VIII


      A caminhada de Abrão é exemplo para os dias atuais. Ele deixou Ló partir para evitar maiores problemas à comitiva de Israel. Um verdadeiro pacificador abriu mão de vantagens imediata para ganhar o coração e a confiança do seu sobrinho. No entanto, essa decisão custou-lhe esforços para conduzir o rebanho do Senhor sem murmurações.
    No sentido oposto, Ló seguiu apenas o esplendor que enxergavam seus olhos, sem importar-se com os desarranjos que estava provocando. Assim está registrada a sua decisão no texto sagrado: “E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. Habitou Abrão na terra de Canaã e Ló habitou nas cidades da campina, e armou as suas tendas até Sodoma.” (Gênesis 13:10-12)
      As atitudes de Ló são recorrentes em pleno século XXI. As belezas das campinas são oferecidas com a sensualidade que atrai pelo simples olhar. A ilusão conduz muitas pessoas à escolha do prazer momentâneo. Assim como a atração materialista vivida pelo sobrinho de Abrão separou a ambos, fragilizando a comitiva e gerando inimizades, da mesma forma o deleite mundano tem sobrepujado a consciência pura de muitas pessoas. Não raramente testemunhamos pessoas abandonando seus entes querido, esquecendo das mãos amigas que lhes socorreram em momentos difíceis, engodados por ofertas que lhes trazem satisfação imediata. Assim, amigos e familiares tomam rumos diferentes deixando para trás a marca dolorida da separação, caminhando, muitas vezes no corredor da morte.
      Aparentemente a escolha de Ló foi vantajosa, haja vista que possui grande quantidade de gado e partiu para uma terra fértil e bem regada. No entanto, a bíblia nos informa que “eram maus os homens de Sodoma, e grandes pecadores contra o SENHOR.” (Gênesis 13:13). Não demorou a que Ló sentisse na pele o erro de sua decisão. Os sodomitas se envolveram em guerra e Ló foi conduzido como prisioneiro pelos inimigos. Nesta hora, tudo que possuía ou havia conquistado após se separar de Abrão virou despojo de guerra.
      Porém, Abrão demonstra ter o Espírito Santo de Deus em sua vida, porque ao saber que seu Sobrinho havia sido conduzido pelos inimigos de Sodoma, ele separou homens preparados e foram resgatar a Ló, considerando-o seu irmão. “Ouvindo, pois, Abrão que o seu irmão estava preso, armou os seus criados, nascidos em sua casa, trezentos e dezoito, e os perseguiu até Dã. E dividiu-se contra eles de noite, ele e os seus criados, e os feriu, e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. E tornou a trazer todos os seus bens, e tornou a trazer também a Ló, seu irmão, e os seus bens, e também as mulheres, e o povo.” (Gênesis 14:14-16)
       Somente um homem de Deus é capaz de pagar o mal com o bem. Que exemplo desse servo do Senhor, Abrão (exaltado). O seu coração não tinha espaço para vingança, mas o amor incondicional habitava nele. Imagina você, leitor, que Deus ainda planejava mudá-lo em Abraão (pai de uma multidão de nação, uma bênção).

¹ (I Crônicas 1.27)


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO¹ VII

       Ao receber a oportunidade de escolher uma direção diferente, por meio da qual passaria a ser o líder maior, Ló nem consultou ao Senhor para saber se tinha a aprovação divina. Essa atitude de Ló é semelhante a de muitos que já ouvi gritar “é de Deus” sem quaisquer observação quanto a Palavra de Jesus Cristo.

      O sobrinho de Abrão ao ver que a situação lhe era favorável e conveniente ignorou os cuidados que recebera de seu tio desde Harã e virou as costas para ele. Quantas experiências compartilharam, mas um pequeno atrito culminou com a separação deles. A ambição de ser um líder independente impediu Ló de ver o melhor do relacionamento, a reconstrução dos laços da amizade e da boa convivência. Ele escolheu o lado que julgou mais fértil (as campinas bem regadas do Jordão) e partiu para tomar posse dela. Para Abrão restou voltar-se para a terra de Canaã.

       Certamente escolhe melhor aquele que anda nos caminhos do Senhor. A bíblia nos informa que Deus falou com Abrão após a partida de Ló: “E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua descendência será contada. Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao SENHOR. (Gênesis 13:14-18)

        Observe caro leitor que o Senhor concedeu a vitória de que Abrão precisa sem que ele saísse do seu lugar, Deus disse: “Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre.” Isso sugere que Abrão pôde enxergar além das campinas do Jordão, toda a terra que ele viu Deus entregou a ele. Na verdade, Ló era agora um inquilino de Abrão. Ló habitava nas terras que Deus entregou a Abrão.

       Ninguém leva “vantagem” sobre um servo do Senhor. Quem se abdicar de vantagens ou razões pessoais para manter um relacionamento saudável a fim de dar testemunho de verdadeiro cristão será recompensado pelo Senhor. Faça como Abrão que o Senhor vai surpreender você com suas promessas e bênçãos sem medidas. A Palavra de Deus nos convida a entregar nosso caminho ao Senhor e ele tudo fará, as bênçãos de Deus continuam a ser derramadas sobre a comitiva do povo de Deus.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO¹ VI


          O retorno de Abrão do Egito foi marcado por ações que dignificaram aquele servo de Deus como um líder a ser seguido. Não bastasse a necessidade de encarar seus comandados após ter mentido diante de Faraó, agora voltava conscientes de que um homem mesmo acreditando estar fazendo a coisa certa pode cometer erros, porém deve ter personalidade e caráter de um servo de Deus para reconhecer sua falha e retomar sua vida sem culpa. E isso só acontece quando o perdão é buscado e alcançado diante do Senhor. Desta forma, Abrão foi restaurado por Deus e, então, pode resgatar seus familiares da decepção e da vergonha.
       A nova etapa de sua vida foi cheia de desafios. É certo, porém, que cada obstáculo enfrentado representava uma provação permitida por Deus para transformar esse homem exaltado (Abrão) em um servo humilde (Abraão). O texto de Gênesis 13 registra como se deu a volta da comitiva de Israel: “Subiu, pois, Abrão do Egito para o lado do sul, ele e sua mulher, e tudo o que tinha, e com ele Ló. E era Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro. E fez as suas jornadas do sul até Betel, até ao lugar onde a princípio estivera a sua tenda, entre Betel e Ai; Até ao lugar do altar que outrora ali tinha feito; e Abrão invocou ali o nome do SENHOR. E também Ló, que ia com Abrão, tinha rebanhos, gado e tendas. E não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos; porque os seus bens eram muitos; de maneira que não podiam habitar juntos. E houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló.” (Gênesis 13:1-7a)
          O problema não era escassez de alimento ou falta de recursos, mas a falta de relacionamento entre os integrantes da comitiva. Quando em um grupo surge uma liderança paralela toda a equipe está fadada ao insucesso. Os líderes intermediários são importantes quando lideram pequenos grupos a fim de motivá-los a submissão ao líder maior. Assim a tendência natural será alcançar o sucesso com toda a equipe. E Abrão sabia disto, por isso tratou logo de permitir a cisão dos insurgentes antes que Ló ganhasse a simpatia e conquistasse outros seguidores e o prejuízo fosse ainda maior.
          No entanto, Abrão não ficou no prejuízo porque escolheu seguir a orientação de Deus que o chamou quando estava em Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã. Sua escolha estava sob a ótica de Jeová, suas palavras foram brandas e sua atitude capaz de agradar ao Senhor: “E disse Abrão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. (Gênesis 13:1-7)
         Oh! Que belo exemplo deixado por Abrão. Seríamos capazes de agir de forma semelhante em pleno século XXI? Deixar o oponente escolher é abnegar dos seus direitos a fim de evitar um conflito desnecessário. Os exemplos de Abrão revelam que a imagem que construímos a partir de nossas atitudes ao empregarmos valores básicos como: respeito, disciplina e solidariedade, determinam o grau de confiabilidade e aceitabilidade em nossa liderança. Assim os problemas são superados, a direção é consolidada e as bênçãos de Deus são derramadas sobre a comitiva do servo do Senhor.

¹ (I Crônicas 1.27)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO V


            A presença dos cananeus, inimigos do povo de Deus, não foi o único problema que enfrentou Abrão na condução do povo de Israel. O versículo 10, do capítulo 12 de gênesis deixa claro que havia fome na terra, no local em que o servo de Deus estava com a comitiva, composta de homens, mulheres, crianças e animais. Todos dependiam e cobravam dele uma solução. Nesta hora, a decisão humana superou a orientação divina. Abrão desceu para o Egito em busca de alimento.
      Assim acontece com muitos, inicialmente são confiantes em Deus e fazem a profissão de fé, sob juramento afirmam que nunca negarão ao Senhor, mas ao enfrentarem situações adversas se desesperam, nutrem suas vidas com o medo e anulam a fé. Quantos têm descido ao Egito, símbolo do mundo sem Deus, não suportando as provações.
       É verdade, Abrão desceu ao Egito sem a aprovação de Deus, mas também é certo dizer que o Senhor cuidou dele e de todos os que com ele estavam. O Senhor nunca abandona os seus servos, mas o homem vacilante acaba por virar as costas para Deus. Abrão errou ao tomar a decisão ir para o Egito, Ele saiu da direção de Deus. Depois errou também ao combinar com sua mulher a fim de se apresentarem como irmãos por medo de ser morto em terra estranha. A bíblia diz que um abismo chama outro abismo. Quem desce ao mundo sem Deus acaba participando das mesmas ações mundanas, Abrão estava mentindo.
       A mentira é inconcebível a um servo de Deus. Abrão mentiu, agora necessitava urgentemente de uma mudança de vida. A interferência divina foi o socorro de que precisava. É interessante o processo de Deus na vida de Abrão (exaltado), para transformá-lo em Abraão (bênção). Por intervenção do Senhor, ele foi expulso do Egito e teve que voltar ao lugar de onde saiu. Graças ao Senhor Jeová, aquele homem de Deus teve oportunidade de retornar e recomeçar sua caminhada do mesmo local onde outrora saíra da direção de Deus.
      É importante permanecer na posição que Deus nos chama apesar dos infortúnios que surgem em nossa caminhada. O texto de Genesis 12. 11-20 mostra-nos como Abrão tramou sua conduta sem a orientação divina e como o Senhor proveu seu livramento e retorno ao lugar donde saíra. Hoje, minha oração é nesse sentido, que o Senhor transforme homens auto-suficientes em servos obedientes a Deus. Caro leitor, caso você esteja caminhando fora da orientação divina, apresento-lhe a oportunidade de recomeçar a caminhada em Cristo, basta crer nele e confessá-lo como seu Senhor e Salvador pessoal.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO IV

            A disposição do inimigo em impedir a caminhada do povo de Deus é constante. No entanto, ninguém consegue parar um servo fiel ao Senhor, que mantém-se em comunhão com Deus. O exemplo para nossa vitória está esplícito nas atitudes de Abrão: ele edificou um altar ao Senhor. É fácil adorar a Deus quando tudo vai bem, mas é difícil quando o adversário se põe no caminho para impedir nosso progresso. Vamos aprender com o nosso pai na fé para não desfalecermos na presença dos algozes que desejam a nossa derrota. Portanto, louvemos ao Senhor confiante na vitória.
           A bíblia registra o socorro providencial de Deus no momento da dificuldade. A comitiva guiada por Abrão andou até que se deparou com os inimigos, supostamente os donos do lugar, que se opuseram ao povo de Deus. Nesta hora, diz o texto bíblico que o Senhor se apresentou para fazer uma promessa de vitória a Abrão: “E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra. E apareceu-o Senhor a Abrão, e disse: A tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor.” (Gênesis 12:6-8)
          Na presença do inimigo Deus afirma que entregará aquela terra a Abrão. Agora o povo de Deus necessitava de coragem e fé para tomar posse do que o Senhor lhes tinha dado. Quantas vezes Deus fala conosco, nos faz promessas e entrega em nossas mãos tudo aquilo que o inimigo alega ser dele, mas não é verdade, ele é mentiroso, porém por falta de coragem e fé não apoderamos das promessas de Deus. Isso também pode estar acontecendo com você, amigo leitor. Se Deus já decretou sua vitória, então toma posse da bênção. E que os Cananeus desocupe a terra porque o servo de Deus chegou com a ordem de ocupação.
            Meu irmão, minha irmã, tenha fé, edifique um altar de adoração e invoque ao Senhor apesar de os inimigos estarem rondando a espreita, creia nas promessas de Deus e tome posse daquilo que o Senhor já declarou que é teu. A terra de Canaã é do povo de Deus. Assim como Abrão, tome posse dela com toda a sua família e o inimigo fugirá diante da tua face porque o Senhor é contigo por onde quer que andares.

sábado, 29 de setembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO III

        A caminhada de Abrão é permeada de erros e acertos, caracterizando um homem natural, sujeito as mesmas paixões que qualquer ser humano. Ele como todo homem comum cometeu equívocos, no entanto sempre reconheceu suas falhas e tropeços e retornou ao caminho do Senhor marcando sua vida como um servo fiel e escolhido por Deus para uma missão especial.
         A bíblia registra que Abrão era um homem obediente ao Senhor, por isso, ao ser chamado por Deus obedeceu e saiu sem saber para aonde ia: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:1-3)
      Não há dúvidas, nestas palavras, que Deus chamou Abrão para uma vida vitoriosa. No entanto, a imperfeição do homem impede a operação completa do Senhor sobre sua vida. Abrão não cumpriu na íntegra a ordem de Deus e levou consigo seu sobrinho, conforme registrou Moisés no livro de Gênesis: “Assim partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito, e foi Ló com ele...” (Gênesis 12:4a). Ninguém sabe como Ló entrou na caravana de Abrão, se a convite, ou por intromissão, o certo é que o sobrinho do Patriarca fez parte da comitiva da fé.
       Todas as vezes que levamos alguém conosco passamos a ser responsável por seus atos. Assim a caravana de Abrão saiu conforme declara os registros sagrados: “E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã. E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra.” (Gênesis 12:5-6)
        As nossas jornadas são palmilhadas lado a lado com as pessoas que Deus permite caminhar conosco por meio das escolhas que fizemos. Deste modo a comitiva de Abrão partiu, seguiam juntos seus descendentes diretos e seu sobrinho. Inicialmente tudo procedia de forma tranquila e especial até que a caminhada foi interrompida pela presença dos cananeus na terra, supostamente os donos do lugar.
      Assim acontece com todos, de repente deparamos com o inimigo querendo impedir nosso progresso, ainda que tenhamos iniciado um projeto por ordem de Deus. O que fazer nesta hora? Abrão edificou um altar e invocou o Senhor. Os problemas podem surgir, mas sempre vencerá quem souber empregar melhor os recursos divinos. Amigo, se tu não queres ficar
parado frente as oposições que se levantam para impedir seu andar com Deus, então vá orar!

sábado, 15 de setembro de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO - Parte II

     A transformação de Abrão em Abraão teve início numa ordem de Deus que foi obedecida incondicionalmente por aquele servo fiel. Sobre isto, Estevão, um dos primeiros diáconos do período apostólico, quando estava sendo inquirido sobre sua vida de fé, em Atos 7, disse: “Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.” (Atos 7:2-4).
      O escritor aos hebreus, no capítulo 11, informa que esta atitude de obediência de Abrão, foi um ato de fé. “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus. Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido. Por isso também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.” (Hebreus 11:8-12)
      Incrível, mas esse homem de fé que estou mencionando era Abrão, o homem exaltado, incircunciso, infrutífero, cuja mulher, Sarai, era estéril. Ele, como nós também, cheio de falhas, mas desejoso de acertar, atendeu ao chamado de Deus. A voz do Senhor o convocava para uma jornada não só de lutas e sofrimentos, mas também vitoriosa e promissora. As promessas de Deus para ele e para nós são imensuráveis. Assim escreveu Moisés no livro de Genesis: “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gênesis 12:1-3)
      Certamente, hoje somos filhos de Abraão pela fé, e temos as mesmas promessas de Deus: bênçãos sem medidas, grande nação, um nome e outras famílias sendo benditas a partir da nossa. Este não foi um privilégio apenas de Abraão, mas um privilégio concedido a todos que desejam fazer parte da família de Deus. E o caminho para obter essa regalia está explícito nas atitudes de fé de Abraão. O escritor aos romanos no capítulo 4 e versículo 2 afirma que “Creu Abraão em Deus, e isso foi imputado como justiça” Então, amigo leitor, o primeiro passo para receber todas essas maravilh
as prometidas pelo Senhor é crer em Jesus Cristo e recebê-lo em sua vida.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

ABRÃO QUE É ABRAÃO - Parte I

A mudança de caráter de um ser humano é possível em Cristo. As características que marcam o homem desde o seu nascimento não devem ser consideradas definitivas. O homem quando recebe ao Senhor em sua vida é transformado a partir do seu interior. Por isso a bíblia nos informa que aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo. E o nome representa esse novo homem regenerado em Jesus.
Certamente a vida de Abraão é um exemplo que pode deixar mais explícito como essa mudança se torna possível ao homem. Ao pensar e estudar a história de Abraão, nosso pai na fé, cabe salientar que os nomes, no período patriarcal, representavam a pessoa. Os pais colocavam os nomes em seus filhos desejando que eles fossem uma representação exata do significado do nome que o designava. Abrão, por exemplo, traduz-se por pai exaltado, já Abraão, pai de uma multidão de nação.
O livro das Crônicas dos reis de Israel, escrito por volta do ano 1000 a.C., no seu primeiro capítulo traz um registro da genealogia do povo de Deus desde de Adão. Os nomes são citados por ordem natural, com um comentário adicional necessário ao entendimento do personagem. Ao nome de Abrão ficou registrada a observação "… que é Abraão". Na verdade, o escritor não fez um comentário, mas sim apresentou o novo nome que Abrão recebeu do próprio Deus. Por isso, creio que o escritor do livro das Crônicas, conhecendo a história do Patriarca, fez questão de registrar os dois nomes, deixando claro que ele não era mais um homem exaltado, mas sim o pai de uma multidão de nação, um homem abençoado.
É isso mesmo, o nome Abrão representava um homem exaltado, incircunciso, infrutífero, cuja mulher, Sarai, era estéril. Por outro lado Abraão passou a representar o homem frutífero, abençoado, cuja mulher Sara (porque teve seu nome mudado também) é uma princesa frutífera, mãe de uma multidão. Essa mesma transformação ainda hoje pode acontecer por meio do evangelho de Jesus Cristo. A palavra de Deus nos esclarece dizendo: "E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" e Jesus afirmou: "Eu sou o caminho, A VERDADE e a vida". Quem recebe a Jesus, recebe um novo nome e uma nova vida.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

FELIZ DIA DOS PAIS


No segundo domingo de agosto, estaremos comemorando o dia dos pais. Aproveito esta data tão significativa no calendário brasileiro para homenagear aos pais que têm criados seus filhos na admoestação¹ do Senhor. Em Deuteronômio 6.6-7 encontramos a recomendação da Palavra de Deus:  "Estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te..."
Não se pode comemorar o dia dos pais, sem a consideração ao homem que realmente assumiu a condição patriarcal, de liderança de sua casa. Os pais precisam de autoridade e autenticidade espiritual para superar os desafios dos nossos dias e conduzir seus filhos a vencer as adversidades impostas pelo mundo sem Deus. Os filhos não podem estar entregues a mercê da sorte, mas cuidados e orientados por homens diligentes que assumem o verdadeiro papel de pai e são tementes ao Senhor. A ordem de instruir os filhos está contida num preceito legal estabelecido pelo Criador de toda a humanidade: Deus. A Palavra dele deverá ser transmitida aos filhos cotidianamente. Um pequeno descuido pode representar o abandono ao ensino verdadeiro.
A educação secular e espiritual dos filhos é obrigação dos pais. Esses líderes dos lares são instrumentos do Senhor na instrução das crianças e não devem falhar.  Esta tarefa não pode ser delegada a professores, igrejas, corporações militares ou a qualquer outra organização ou pessoa. É dos pais a responsabilidade de cuidar dos destinos eternos desses novos seres que são a herança do Senhor. E a instrução não deve ser ocasional ou esporádica, de acordo com as circunstâncias, mas constante. Não pode ser baseada em técnicas ou subterfúgios, mas deve estar envolvida na autenticidade espiritual.
O ensino deve ser constante e baseado num preceito ainda maior: o exemplo. Além de educar, os pais devem ser modelos. A quem seus filhos estão imitando? Um ensino só será compreendido em sua plenitude se for subsidiado de bons exemplos. Instrução divorciada de caráter é inútil. Os filhos percebem quando os pais não são autênticos e rejeitam a atitude hipócrita. Por isso, pai e mãe necessitam promover a educação pelo exemplo diário de uma vida que expressa dignidade e integridade de conduta. Estamos na era do deslumbramento. Ou os seus filhos estarão deslumbrados por você ou te desprezarão, e outros terão influência sobre eles. As palavras falam aos ouvidos, mas os exemplos saltam aos olhos.
A correção e a disciplina são instrumentos importantes nesta tarefa. Em Provérbios 13.24 lemos: “Quem se nega a disciplinar seu filho não o ama; quem o ama a seu tempo o castiga”. Isso não significa espancar os filhos, mas direcioná-los aos padrões estabelecidos por Deus. Os filhos não devem temer aos pais, mas amá-los e só assim poderão honrá-los. Isto será alcançado quando a disciplina for uma ação de fazer o discípulo, em amor, construído na obediência, de forma espontânea e natural, não tolhendo as iniciativas. A manifestação da autoridade dos pais e o respeito por parte de seus filhos não são dissociáveis da verdadeira amizade construída sobre uma relação saudável.
 A recomendação do apóstolo Paulo aos pais é esta: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef. 6.4). Os pais são compelidos pela palavra de Deus a cuidar, educar e conduzi-los no caminho do Senhor. Essa autoridade paternal se traduz pela responsabilidade de mantê-los ávidos pelo desejo de alcançar a vitória eterna, a salvação em Cristo Jesus. Logo, o caminho para se cumprir a obrigação de instruir os filhos só será alcançada num lar edificado sobre os princípios divinos, em que haja paz, harmonia, entendimento e amor. Isso começa com pais alicerçados no evangelho de Jesus Cristo. Por isso recomendo aos leitores, pais, que aceitem a Jesus em sua vida e, então, você e seus filhos serão abençoados, assim terás um feliz dia dos pais!
 
            ¹S.f. Advertência, reprimenda, observação com caráter de crítica, de censura: fazer uma admoestação.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Lançai as vossas redes – Parte Final

A ordem de Jesus para Pedro foi direta: “Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”. Ele também respondeu de forma direta, até impensada, para justificar porque não deveria ir: “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, ...”.
Realmente, o Senhor Jesus desejava uma mudança radical nas atitudes de Pedro. A determinação de ir ao mar alto visava desligá-lo da praia, fazê-lo enfrentar um desafio em águas profundas para realizar um grande milagre em sua vida. Pedro não questionou a ordem, mas a possibilidade de obter resultados positivos no mesmo lugar onde outrora só colhera fracasso, além de outras condições desfavoráveis, como o cansaço de uma noite de trabalho. No entanto, ele obedeceu porque confiava nas palavras de Jesus, então complementa: “mas, sobre a tua Palavra, lançarei a rede”.
Notoriamente, é isso que Jesus requer de todos aqueles que são confrontados por ele, que obedeçam incondicionalmente a sua palavra. O resultado acontecerá de acordo com os propósitos dele para a vida do seu ouvinte fiel. Quando uma pessoa muda seus planos e projetos para aceitar os de Deus, a sua história muda, antes um fracassado, agora um vencedor, porque o Senhor se encarrega de responder aos seus anseios com bênçãos sem medida.
Hoje, as palavras do Senhor nos desafiam a lançar as redes em águas profundas, em detrimento das ondas contrárias, do medo, ou dos resultados frustrados anteriores. Ouça Jesus ordenando a laçar a rede sobre seu filho que está seguindo um caminho de perdição, sobre seu cônjuge que está pensando em separação, sobre as oportunidades de trabalho que se fecham. Lance as redes e surpreenda-se com os milagres de Deus.
É provável que você se desculpe dizendo: “Já tentei de diversas maneiras, mas não obtive sucesso, várias noites de desgastes sem nada apanhar”. Lembre-se, quando o Senhor ordena a lançar as redes, ele compromete-se com os resultados porque quer abençoar tua vida e fazer de você mais um seguidor dele. Sobre a Palavra do Senhor Jesus, lance a tua rede! Leia S. Lucas 5.1-11

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Lançai as vossas redes - Parte V


O resultado da segunda pesca foi infinitamente melhor que o da primeira. Depois de uma noite de fracasso, apesar de o esforço depreendido, a disposição de Pedro para voltar à pescaria naquela manhã, no lago de Genezaré (Lc 5.1), era quase nula. Ele tinha experiência e habilidades suficientes para rejeitar quaisquer ordens de retorno à pesca naquela condição que se encontrava o mar. Nada era favorável a ter bons resultados. No entanto, as palavras de Jesus ecoaram no íntimo daquele homem convencendo-o a provar algo novo, diferente, um milagre operado pelo Senhor Jesus.
Cabe ressaltar que Jesus não tinha nenhum interesse em enviar Pedro ao seu lugar de fracasso para reviver as mesmas dificuldades e voltar sem nenhuma experiência nova. As palavras de Jesus carregavam as respostas de que o discípulo precisava: “lançai as vossas redes para pescar”. E fazendo assim..., registra o evangelista Lucas, colheram (v.6). O local era o mesmo e as condições também, porém o resultado foi totalmente diferente porque Jesus ordenava a pesca. Quando o Senhor Jesus é obedecido o milagre acontece, o fracasso acaba-se e a alegria toma conta de todos porque os resultados são maiores e melhores do que a capacidade humana poderia buscar.  
Nesse sentido, vale lembrar que o Senhor não realizou um grande milagre a fim de que Pedro se estabelecesse naquele local, mas para que ele reconhecesse que Jesus tem respostas para todas as situações. Aquele milagre alcançou os objetivos traçados pelo Senhor. Pedro reconheceu o poder de Deus e que era um pecador, portanto, indigno de estar na presença do mestre. Mas Jesus rompeu a barreira do pecado, e o que Pedro não esperava aconteceu, um milagre ainda maior, Jesus o recebeu, perdoou os seus pecados e o convidou a segui-lo, agora como pescador de almas. O mestre Jesus não queria Pedro na pesca. O resultado era um convite para uma nova etapa do homem na presença de Deus. “E, levando os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram.”
Ainda hoje, este mesmo Jesus ordena que as redes sejam lançadas em alto mar para pescar. O alto mar apresenta-se perigoso e exige completa dependência do pescador ao Senhor porque só ele controla todas as coisas, ele controla a natureza. E, os resultados obtidos por aqueles que obedecem ao Senhor são realmente melhores e especiais. Lance a tua rede sobre a Palavra do Senhor e esteja preparado para puxá-la, o milagre que Deus tem para realizar na tua vida é algo que você não experimentou ainda. (Lc. 5. 10-11). RECEBA JESUS E SIGA-O!

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Lançai as vossas redes – Parte IV
“E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.” (Lucas 5:4-5) 
A ordem de Jesus deve ser obedecida sem objeções, porque sua fala carrega a autoridade sobre todas as coisas. Ele é Senhor de tudo, e quando fala até o mar lhe obedece. Nas suas determinações estão contidas respostas às interrogativas humanas. As frustrações de Pedro, advindas de uma noite de fracasso, eram apenas condições que o próprio Senhor criou para que o pescador pudesse ser tocado pela mensagem contraditória às suas convicções e habilidades.
Não há dúvidas, Jesus controla todas as coisas. A natureza também está sob seu domínio e naquela ocasião foi um instrumento de cognição aos conhecimentos do indouto Simão. Aliás, este homem era um trabalhador dedicado, um hábil pescador. E o mestre de Nazaré entrou na sua vida sem interferir nas suas capacidades. Jesus, como Deus, impediu que os peixes viessem. Então, Pedro trabalhou uma noite sem alcançar os resultados que buscava. Suas técnicas, sua disposição e sua perseverança foram incapazes de superar a ação de Deus sobre a natureza. Quando a ordem de Jesus aponta para a retomada do serviço, Pedro estava certo, não havia peixe e, naturalmente, o resultado seria frustrante mais uma vez. O que ele não sabia era que Jesus, o Deus encarnado, estava agindo em seu favor.
Ainda assim, Pedro obedece a ordem de Jesus e o resultado da pesca foi diferente da que ele imaginava, por isso o seu entendimento sobre a pessoa de Jesus mudou. Agora ele sabia, Jesus não é um homem comum, ele é Deus, o Senhor de tudo e de todos. Por isso, Pedro se julgou incapaz de permanecer junto a Jesus.
Realmente, a única coisa que separa o homem de Deus é o pecado, como nos revela o profeta Isaías: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” (Is 59.1-2) E Pedro reconheceu isso quando viu o resultado da pesca, redes cheias e barcos repletos: “E, vendo isso Simão Pedro, prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, por que sou um homem pecador.” (Lc. 5.8).
Logo, sendo o pecado um divisor entre o homem e Deus, o que fazer então para recebermos o Senhor?  Em resposta a esta pergunta Jesus se manifestou na terra. Ele veio ocupar nosso lugar de culpado, morrer na cruz que deveríamos ser crucificado e nos garantir vida eterna. Para isso tudo, basta ouvirmos seu convite: “E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante, serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram.” (lc. 5. 10-11). RECEBA JESUS E SIGA-O, CREIA NELE E LANCE A TUA REDE!