sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O verdadeiro pastor (Parte XIV)

Salmos 23. 6 (Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias).

O rei Davi usou um termo forte “certamente” para marcar sua certeza em contar com a bondade e a misericórdia de Deus. A afirmativa de Davi, no início deste versículo, não deixa dúvida ao leitor sobre a certeza que ele tinha de receber permanentes bênçãos sobre sua vida. Assim, ele cita a bondade e a misericórdia do verdadeiro Pastor que são incondicionais e lhes acompanharão todos os dias de sua vida.
Deus é bom. Nos salmos 34.8, o salmista proclama essa bondade do Senhor, convidando a todos a provarem que Ele é bom. “É feliz o homem que nele confia” - complementa. Ninguém saberá com tanta certeza que ele é bom até o prove. Não há pessoa tão autossuficiente ou tão inteligente e capacitada para saber, por exemplo, se uma laranja é doce ou não, até que a prove. Davi provou desse Deus e gostou, por isso nunca mais quis deixá-lo. Em Deus não temos falta de nada. Os versos 9 e 10 deste mesmo salmo 34, lemos: “Temei ao Senhor, vós, os santos, pois não têm falta alguma aqueles que o temem. Os filhos dos leões necessitam e sofrem de fome, mas aqueles que buscam ao Senhor de nada têm falta.”
Ele não é apenas bom, muitos são os seus atributos, e todos imutáveis, porém alguns comunicáveis aos homens, como a sua bondade e sua misericórdia, e outros incomunicáveis, como a sua eternidade. O fato é que, além de bom, Ele é misericordioso. E a misericórdia pode ser facilmente entendida como a não concessão daquilo que merecíamos como retribuição pelas inúmeras faltas cometidas contra o Senhor. Na verdade, todos nós merecíamos a morte e a destruição, porque falhamos contra os propósitos divinos estabelecidos para as nossas vidas. Mas Deus proveu algo melhor a nosso respeito, conforme o apóstolo Paulo escreve aos Efésios 2.1-6 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados. E que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus.”
As misericórdias de Deus nos trouxe à vida. Não temos razão para estar triste quando temos o Senhor como nosso pastor. O profeta Jeremias, no capítulo 3. 21-22, na expressão íntima de seu coração afirmou: “Trago a memória somente aquilo que me dá esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim.” O profeta enfrentava diversas dificuldades contra a sua vida. Sofreu ataques até de seus conterrâneos que o taxavam de traidor à Pátria. Mesmo assim, ele se manteve íntegro diante de Deus e dos homens, fazendo menção da sua segurança no Senhor. Este exemplo deve permear as nossas vidas hoje, porque os atributos de Deus são imutáveis. Deus é fiel. A sua bondade e a sua misericórdia continuam conosco até o dia final.