terça-feira, 20 de agosto de 2013

II Timóteo 2.3 Sofra, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.


A vida na caserna exige do soldado renúncia, completa abnegação, cumprimento dos deveres, não abrir mão de valores, observar a ética, exercer patriotismo e civismo - amor, uma entrega com toda a vida. A missão é árdua, porém gratificante. Por isso se exige um pessoal altamente qualificado, motivado e coeso, que professam valores morais e éticos.
A partir desta compreensão, o apóstolo Paulo escreve a seu filho na fé Timóteo convocando-o ao exercício espiritual de combate e chama-o a sofrer com ele, tendo um referencial comparativo, o soldado. Não o gregal¹, mas aquele que representa e identifica historicamente um bom soldado, alguém em quem se pode confiar, a quem estão entregues responsabilidades de manter a integridade física de outras vidas e que tenha orgulho de servir com dignidade à sua nação.
Servir como um soldado é uma situação gratificante. Pertencer à corporação de Jesus Cristo proporciona uma sensação de privilégio imensurável. Isto porque, sob seu Comando, alcançaremos vitórias em todas as batalhas. E, a cada uma, os sentimentos de superação reforçam a disciplina e acentuam os valores da fé, alimentam a alma do servo de Cristo e ressaltam nele a capacidade de luta e coragem para enfrentar as incompreensões e os desafios que ainda virão. O soldado de Cristo deve tornar-se o padrão de conduta para os fiéis.
Deste modo, Paulo fala sobre coroa, encorajando Timóteo a militar legitimamente a fim de se tornar merecedor daquele prêmio. Dá outras recomendações e alerta-o ao exercício da fé com uma conduta ilibada e digna de merecer o reconhecimento de seu superior e comandante, Jesus Cristo. É fácil ser um soldado, o difícil é alcançar este reconhecimento. O apóstolo instrui ao jovem combatente: - não se embarace nos negócios desta vida, a fim de agradar aquele que o alistou para a guerra. Realmente, vale lembrar que os apelos desta vida tentam desviar o alvo da chama viva do solene juramento a ser cumprido. Neste momento a voz do irmão Paulo ecoa como de um companheiro de farda, mais experiente, presente e estimulando-o a superar obstáculos, sobretudo, pelo exemplo.
O melhor momento da vida na caserna para um soldado é o reconhecimento pelos bons serviços prestados na paz ou na guerra. É quando a tropa fica perfilada, cada militar com as mãos nas costas e um atrás do outro, no lugar que lhes foi designado no pelotão - e parados. O mestre da cerimônia anuncia o militar que receberá a condecoração merecida. Ao ter seu nome citado, toma posição de sentido em reverência ao seu superior e aguarda. Então, seu comandante se aproxima e o condecora com o objeto que representa sua conduta.
Assim fará o Senhor Jesus a todos os soldados de seu nobre Batalhão que exercerem com dignidade a tarefa de levar as boas novas, salvar vidas. A exemplo de Paulo, poderão bradar: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que amarem a sua vinda.”  II Tm 4.7, 8.


¹Soldado raso, recruta.