terça-feira, 27 de setembro de 2016

Uma pequena nuvem

     O pecado do Rei Acabe irritava ao Senhor. Ele foi insensato, atrás da égide do cetro, o rei de Israel se encurvou e serviu a Baal, o deus do fogo, fez um bosque e até um altar erigiu ao falso deus, de maneira que foi considerado pior do que todos os reis que foram antes dele. 
    Durante seu reinado, da pequena Tisbeh de Gileade, Jeová escolhera um homem de Deus que jamais se calaria antes aos desvios do rei, e por intermédio dele o nome do Senhor foi glorificado em Israel. A demonstração do poder de Deus ocorreu quando Elias, o tisbita, falou em nome do Senhor e avisou a Acabe que não haveria mais chuva, senão segundo a Palavra de Deus por  seu intermédio. Assim Israel padeceu por três anos e meio com a seca que atingiu a todo o reino.
      Naqueles dias de estiagem, Elias esteve solitário, distante de todos, mas o Senhor era com ele. E, em nome de Deus, operou milagres: alimentou uma viúva, desafiou e venceu a quatrocentos profetas de Asera e quatrocentos e cinquenta profetas de Baal. Mesmo assim, Acabe, cego espiritual, teve Elias como um perturbador de Israel.
      Passados quase quatro anos, apesar de não haver nuvens no céu, o profeta de Deus avisou ao rei que a chuva estava chegando. Depois, o homem de Deus vai orar suplicando ao Senhor pela precipitação da água. Inclinado na terra e com o rosto entre os joelhos, no cume do monte Carmelo, Elias orava. Neste ínterim, ordenou ao moço que o ajudava a observar para a banda do mar mediterrâneo se aparecia alguma nuvem. 
       O rapaz trouxe por seis vezes o decepcionante relato de que não havia nenhum sinal de chuva. Esse relatório sofreu uma mudança no tom de voz do menino na sétima vez, nada muito significante – Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar – disse o jovem. – Então sobe a Acabe e diga-lhe: aparelha teu carro e desça para que a chuva não te apanhe pelo caminho – ordenou Elias.
       Para um homem de Deus uma pequena nuvem é sinal de uma grande chuva. Especialmente quando essa nuvem tem o formato da mão de um homem. Era a prova fiel de que a mão Senhor estava estendida para abençoar e aprovar suas palavras e ações. Diante de Deus, o homem que ora é poderoso, mas o auto-suficiente é fraco e desprezível. Elias orou, diz Tiago.
      Hoje, o exemplo espiritual se repete. Quantos há que se intitulam elegidos por Deus e se nutrem do poder mundano, desviam-se das doutrinas de Deus e erigem altares a falsos deuses. Por causa de um só líder desviado da verdade quantos estão a perecer sem o alimento, sem água, e sem esperança.
         Vai chover. Pode avisar a Acabe. Não por que ele mereça a chuva, mas porque Deus é Senhor e decidiu mandá-la a seu povo em resposta a oração do Profeta. Os trabalhadores retornarão ao seu arado para plantar em novos tempos, com chuvas abundantes. A terra voltará a germinar a semente e a produzir.

      Era uma pequena nuvem, do tamanho da mão de um homem, mas uma abundante chuva desceu do céu depois de quase quatro anos de espera. Aleluia!