sábado, 29 de agosto de 2015

O verdadeiro pastor (Parte V)

Salmos 23.1,2 (O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deitar me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas).

Cada vez estou mais convencido do prazer que sentia o rei Davi ao compor este Salmo. Ele relata o privilégio imensurável de ser ovelha Senhor. Além disso, tinha a certeza de que não seria surpreendido com a falta de nada. Isso porque o seu pastor é diferente de todos os que conhecemos.
É certo que qualquer outro pastor, por mais dedicado que fosse, falharia em algum cuidado, seja na alimentação, na água, no repouso, nas defesas contra os ataques dos inimigos naturais, nos desentendimentos entre os componentes do rebanho. Davi sabia que ninguém domina a perfeição, mas o seu pastor é perfeito. Ele não deixa suas ovelhas ter a falta de nada. Os seus cuidados são intensivos. Na alimentação, não só conduz o rebanho aos pastos verdejantes, como também o protege  dos ataques dos muitos adversários que procuram destruir as ovelhas. Assim, o rebanho do Senhor pode  alimentar-se com despreocupação.
O valor que o verdadeiro pastor dá ao seu rebanho reflete na forma em como ele trata cada uma das suas ovelhas. Ele está sempre presente, separa as melhores pastagens, leva-as junto as águas de descansos, curas todas as suas feridas e as protege do mal. Aleluia!!!
A proteção e os cuidados do verdadeiro pastor são salientados neste verso do poema do coração agradecido de Davi. A sua interlocução exofórica¹ expõe ao leitor a compreensão imaginária pastoril da condução do rebanho em passos naturalmente progressivos rumo às pastagens e aos poços de água. Por isso, o rei Davi, que também era pastor de ovelha e conhecia as necessidades do rebanho, enfatiza como o seu pastor conduz as ovelhas para dessedentarem: "guia-me mansamente a águas tranquilas".
Posso ver as ovelhas se deslocando seguras de sua proteção contra o ataque das bestas-feras, predadores cruéis do rebanho. Passo a passo caminham ao encontro da água cuidadosamente escolhida pelo pastor. Por certo, a água em que elas saciam sua sede não fica turva porque não são agitadas pelos atropelos de receio ao perigo. Calma e despreocupas as ovelhas podem abaixar a cerviz e beberem até que estejam realmente satisfeitas. Há água em abundância e não há perigo de predadores.
Ouvindo o pastor Davi elogiar as qualidades de caráter do seu pastor não há dúvidas de que ele menciona a Jesus o verdadeiro pastor. Foi o próprio messias quem afirmou que o verdadeiro pastor, de quem são as ovelhas, ao ver vir o lobo não foge, mas entrega a sua própria vida para salvar o rebanho. Jesus é o Cristo de Deus que entregou a sua vida na cruz para nos comprar com o seu sangue a fim de que fôssemos amparados em seu aprisco. Agora sob seus cuidados, nenhuma condenação nos atingirá. E nada disso é mérito nosso, mas dele que nos amou e se entregou por nós em preço de redenção. 
E essa adjudicação incondicional ao reino de Deus é sentida na proteção manifestada no viver diário do seguidor de Cristo. Agora, como ovelhas de sua pastagem, os seus servos são instados a uma condução de amor e paz diuturnamente. Ele os alimenta, protege, guia e cuida cotidianamente. Por isso aqueles que pertencem ao seu rebanho são alegres e podem exclamar: "o Senhor é o meu Pastor...".
O discípulo do Senhor, João, conhecido como o apóstolo do amor, registrou as seguintes palavras de Jesus no Evangelho que leva seu nome, no capítulo 10 e versículos 16: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. A mim me convém agregá-las também. Elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um pastor”. Nestas palavras, Jesus estava incluindo aqueles que ainda não são seus seguidores, não o aceitaram como seu Senhor, como seu dono. Mesmo assim, ele espera que essas ovelhas ausentes ouçam a sua voz de amor e venham saciar a sua fome e sede nos campos cuidados de Cristo.
                Se você, amigo leitor, é uma destas ovelhas desgarradas ou pertence a outro dono que não o Senhor, hoje ele te chama para vir e tornar-se um verdadeiro seguidor de Cristo, assim ele satisfará as suas necessidades de pastos verdes e água limpa. Sacie-se!!!
Termo que diz respeito à referência que remete para algo identificável no contexto situacional de fora do texto para dentro.

sábado, 22 de agosto de 2015

O verdadeiro Pastor (Parte IV)

Salmo 23.1 e 2 (O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, ...).

As ovelhas são animais de natureza dócil e, por isso, temerosas. Necessitam de cuidados permanentes, de vigilância diuturna, para só assim repousarem. O salmista não hesita ao falar que o seu pastor o faz repousar em meio às pastagens verdejantes.
As ovelhas não conseguem deitar se estiverem com fome ou sem a presença do pastor. Quando estão sem cuidados, andam de um lado para outro desorientadas à procura de pastagem. Somente o pastor amoroso conduz o seu rebanho as fontes de água e aos pastos verdejantes e o faz repousar. Assim, elas podem se alimentar, deitar e remoer a pastagem. O repouso sobre a grama é a certeza de que no amanhã não necessitarão buscar em outras terras o sustento para sua vida.
Bem nutridas podem descansar e produzir muito mais do que a média normal. No sentido espiritual, as ovelhas do Senhor que se alimentam com as pastagens da palavra de Deus vivem acima da mediocridade.  
A fim de que as ovelhas se deitem no próprio local de pastagem, longe do aprisco, é necessária a presença de uma pessoa que lhes traga segurança, o seu pastor, o bom pastor. Somente a presença do seu dono poderá trazer tranquilidade, libertá-las do medo.
Agora, não basta a presença do pastor junto ao rebanho e a fome saciada se os insetos e micro-organismos, parasitas do rebanho, estiverem perturbando as ovelhas, trazendo irritação com suas moléstias dissimuladas entre as lãs. O pastor amado é conhecedor destes ataques e livra elas de todos os seus inimigos. As ovelhas do Senhor estão sempre bem cuidadas. Elas têm dono!
Um último anseio ainda deve ser satisfeito antes de as ovelhas conseguirem um descanso. Para que se deitem em pastos verdejantes elas não podem estar em atrito. Os desentendimentos entre elas são frequentes. É comum disputarem a chefia do rebanho. As disputas alvoroçam todo o rebanho. Enquanto elas não se definem de forma hierárquica, as brigas se repetem. Por causa destes desentendimentos as ovelhas não conseguem repousar.
Não há dúvida que em meio aos cristãos, considerados ovelhas do Senhor, há desentendimento também. No entanto, essa não é uma atitude aprovada pelo verdadeiro Pastor. Ele sempre acha uma maneira de frear as disputas, porque as brigas geram feridas profundas que só trarão prejuízos ao rebanho. Quando o pastor percebe as divergências, pela ação do seu Espírito Santo desfaz as disputas descabidas e a paz volta a reinar entre elas.
Deus é onipresente, ele é o único pastor que nunca deixará suas ovelhas sem seus cuidados. Ele não tira nenhum cochilo, sempre está com os olhos e ouvidos atentos ao clamor de seu rebanho. Certamente as ovelhas reconhecem no Senhor o verdadeiro pastor de suas vidas e então podem repousar em paz.
Certamente que satisfeitas às necessidades de ter o Senhor junto delas, saciada a sua fome, curadas as suas feridas e apaziguadas as intrigas, as ovelhas repousarão em pastos verdejantes. Jesus é o pastor amado. Ele nos é suficiente. Nele somos libertos do medo, saciamos a nossa fome de justiça, encontramos a cura para as mais profundas feridas e temos paz uns com os outros.
         Nós, assim como Davi, somos ovelhas do Senhor. Não temos falta de nada. Ele supre todas as nossas necessidades materiais e espirituais em Cristo Jesus. A sua presença constante e o alimento que recebemos pela pregação do evangelho satisfaz a nossa alma e podemos repousar em segurança. 

sábado, 15 de agosto de 2015

O verdadeiro Pastor (Parte III)

Salmo 23.1 e 2 (O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, ...).

As declarações da alma do rei Davi suscitam em nós várias interrogações sobre a nossa conduta sob os cuidados do Pastor amado, Jesus. Desde os questionamentos mais simples até outros mais complexos, tais como: Que tipo de ovelha sou eu? Por que ele me escolheu para ser ovelha de seu pasto?
Falar do pastor que nos é suficiente em todas as coisas, que não nos deixa ter falta de nada, até mesmo quando passamos por momentos de grande aflição é simples. É a certeza de que podemos descansar sob seus cuidados. E até quando enfrentamos as adversidades sabemos que elas foram permitidas por ele para forjar o nosso caráter e, portanto, fazer-nos melhor. Ele é o bom pastor que deu a sua vida pelas ovelhas. Um ato de amor sacrificial, uma entrega da própria vida para nos resgatar da morte. Ele nunca nos deixará só.
Mas será que nós respondemos a todos os anseios de sua alma? Antes andávamos errante sem um Senhor, sem um dono, hoje carregamos suas marcas. Todos que nos olham reconhecem em nós o senhorio de Cristo, sabem que pertencemos ao rebanho do verdadeiro pastor.
Uma característica marcante nas ovelhas de Jesus é que elas ouvem a sua voz e o seguem e de maneira nenhuma seguem a voz de estranhos. Você, amigo leitor, já ouviu a voz e Cristo te chamando com todo carinho para ser abençoado no reino da sua luz. Já ouviu o brado de amor dado por Cristo na cruz dizendo “está consumado...” Aquele brado representa a nossa vitória, a obra da redenção da nossa alma. Ele nos comprou por preço de sangue, o seu próprio sangue, a fim de que pertencêssemos ao seu rebanho.
No aprisco de Cristo ainda a lugar, por isso te convido a vir fazer parte deste redil. Aqui, sob os cuidados do Senhor não perecemos por causa dos adversários, nem tampouco tememos os infortúnios da vida. Ele nos faz repousar em pastos verdejantes.
Não é fácil para as ovelhas repousarem. Recordo-me, quando servia ao Exército em Jardim-MS e parte da área militar era ocupada por  ovelhas. Aqueles animais conviviam com os soldados, mas não reconheciam a ninguém como seu pastor. Elas viviam com medo de tudo e de todos. Não podiam avistar, nem de longe, um homem fardado que saiam empurrando umas as outras em atitude de receio e à procura de uma proteção para suas vidas.
Por várias vezes fiquei horas observando aquele rebanho de ovelhas pela fresta do vidro da janela de onde eu trabalhava. Eram sujas, o seu pelo embaraçado com carrapichos e matos. As moscas assediavam-nas incansavelmente, em virtude das feridas que tinham sobre o corpo. Feias e mal-cheirosas, percebíamos facilmente a falta de cuidado. Elas não reconheciam ninguém como seu dono, como seu pastor. Nunca ouviram a voz meiga de quem as amava lhes chamando para dar-lhes alimento ou água tão necessários para sua sobrevivência.
Nas sombras das mangueiras as via em pé, esfregando-se contra os troncos das árvores. Sacolejavam freneticamente a fim de espantar as moscas varejeiras que insistiam em pousar nas suas narinas e sobre as suas feridas abertas. Nunca as vi deitada. Realmente, elas eram ovelhas sem pastor. Ou o seu dono não as amava. Era um mau pastor.
O verdadeiro e bom pastor nos faz repousar sobre os pastos verdejantes. Ele não só nos leva as pastagens como também  nos livra dos nossos adversários, cura as nossas feridas e nos protege. Assim, sem as perturbações que tiram o sossego das ovelhas, o pastor amado consegue com que elas repousem sobre os pastos, para remoerem o seu alimento e se tornarem cada vez mais saudáveis, aleluia!   
Eu nunca quero ficar sem os cuidados do mestre Jesus. Vale a pena pertencer a este aprisco. O bom pastor (Cristo) deu a vida por suas ovelhas. Agora posso repousar sob seus cuidados e não temerei o que me possa fazer os meus adversários.
Venha você também pertencer a este rebanho. Ouça a voz de amor do verdadeiro pastor de nossas vidas, JESUS, que te chama para uma nova vida sob seus cuidados!

domingo, 9 de agosto de 2015

O verdadeiro Pastor (Parte II)

Salmo 23.1 (O Senhor é o meu pastor e nada me faltará).

Ter o Senhor como pastor é um privilégio imensurável. Melhor ainda é saber que foi ele e não nós, que nos fez povo seu e ovelha de seu pasto. Só temos a agradecer tamanha bondade e misericórdia.
Pertencer a Cristo é estar sob sua proteção 24h por dia. Ele não se descuida de suas ovelhas em circunstância alguma. Podemos descansar tranquilos em meio a inúmeras bestas feras, sem correr risco de sermos atacados, haja vista que estarmos protegidos pelo Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi, o vencedor.
O Davizinho, como é carinhosamente reconhecido o rei Davi, que venceu um gigante usando apenas uma funda, deixou extenuar sua completa dependência e imensa satisfação de ter o Senhor como seu pastor ao dizer: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”. Davi sabia que o seu Deus é vivo e não um deus feito por mãos humanas, de barro, de bronze e muitas vezes esculpido em madeira, mas um Senhor real, que assume os cuidados do seu rebanho agindo com todos os seus atributos, a Onipotência, a Onisciência e a Onipresença. Portanto, não há o que temer, e sim, existem motivos para rejubilar, enaltecer, cantar e salmodiar ao Senhor.
 Evidentemente que quem está sob os cuidados do Senhor não passará necessidade em situação alguma. Disso compreendemos mais facilmente a expressão de satisfação e de júbilo de Davi: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará”. A conjunção aditiva “e” remete-nos por anáfora a raiz da certeza de que nenhuma falta sofreria a ovelha deste pastor. Assim concordamos que o Senhor é incomparável, ele presta atenção na totalidade as suas ovelhas, sem deixar faltar nada, sequer um item dos mais insignificantes nos cuidados de seu rebanho. Por isso mesmo consideramos o Senhor o único e verdadeiro Pastor.
Certamente, a expressão de alegria do salmista não é suficiente para relatar a satisfação de pertencer ao rebanho do Senhor. Acrescenta-se nestas palavras de sinceridade de Davi o contentamento em saber que foi o Senhor quem o escolheu. Esse jovem nem estava em casa quando o profeta Samuel foi a sua residência por ordem divina a ungir o novo rei de Israel. Os seus sete irmãos passaram diante de Samuel que, em seu coração, escolhera alguns dentre eles com qualidades para ocupar a majestosa posição real porque suas aparências eram semelhantes a de príncipes. No entanto, Deus que nunca vê como vê o homem, que não só enxerga o que está diante dos olhos, mas também o que está no coração. Deus escolheu a Davi para ser o rei de Israel.
Deus não chama e escolhe ninguém por seus méritos, mas por sua própria vontade diretiva. Davi era de gentil presença. O menor de sua casa. Nenhumas de suas qualidades físicas eram atrativas para sua chamada na presença de Deus. Nem mesmo sua habilidade com as ovelhas o qualificava para um cargo tão sublime, o mais importante de Israel. No entanto, Deus reconheceu nele um coração conforme o seu coração.
Da mesma sorte, hoje, nós somos escolhidos pelo Senhor para sermos ovelhas de seu pasto e seremos reis e sacerdotes para governarmos com ele. Por sermos escolhidos podemos bradar em alta voz que ele é o nosso Pastor e de nada teremos falta, ele nos é suficiente. Não há atitude ou palavras que temos dito que possa ser cativante ao Senhor a ponto de ele nos querer tão próximo, mas unicamente seu infinito amor, como de um cordeiro imaculado, que se entregou no sacrifício da cruz para resgatar a muitos que estavam destinados a morte.
Você não pode ficar alheio a tamanho ato sacrificial em seu favor. Jesus morreu por você. Tão grande é o seu amor para conosco que ele se entregou a mais cruenta morte, a de cruz, para nos livrar da condenação e, assim, passamos da morte para a vida. A semelhança de Davi que enfrentou bestas feras em defesa de suas ovelhas. O pastor amado deu sua vida pela suas ovelhas. Aleluia! A morte de Cristo na cruz representa a permanência da vida nas ovelhas. Jesus se entregou à morte para que nós pudéssemos viver abundantemente. Posteriormente, ele ressuscitou garantindo vida eterna a todos os que nele esperam. Reconheça o senhorio do Senhor sobre sua vida, entregue-se a ele porque tem cuidado de vós. Jesus é o verdadeiro pastor.