quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A simplicidade de Cristo

II Co 11.3 (Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo).

O admirável apóstolo Paulo, um verdadeiro pastor, escreve sua segunda carta à igreja de Corinto, àquela que ele costumava chamar de a plantação do Senhor, com objetivo de alertar aos servos do Senhor Jesus a permanecer no evangelho da salvação que receberam e não ser enganados como foi Eva que, ludibriada com astúcia, aceitou as facilidades do adversário e desobedeceu a Deus.
Sinceramente, a iniciativa do apóstolo é extremamente edificante, suas palavras amigas, com um tom corretivo e ao mesmo tempo exortativo são suficientes para regarem o estio provocado pela brisa das heresias que sopravam a lavoura Deus naquela cidade. Ele apresenta uma confrontação da vida real com a espiritualidade para entendermos como e onde aparecem às brechas que o maligno usa para transformar um homem de Deus num aliado do diabo.
A realidade da Igreja de Corinto era de grande confusão e desordem. Os cristãos mantinham um comportamento extremamente sensível a variações. Por isso Paulo adverte sobre a astúcia com que são disseminadas as heresias – temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia assim também sejam ... – essa declaração traz o pressuposto da facilidade do engano. A serpente apresentou a Eva a possibilidade do crescimento fácil, disse ela: “o dia em que comerdes do fruto abrirão os vossos olhos, e sereis semelhantes a Deus, sabendo o bem e o mal.” Era apetitoso aquele fruto, uma sugestão ao progresso, mas infelizmente estava envenenado e Eva desobedeceu ao seu criador. O fim dela foi trágico.
Hoje estamos vivendo dias semelhantes aos de Corinto e as orientações de Paulo nos são atualíssimas. O caos por que algumas Igreja que seguiam os ensinamentos do Senhor Jesus pode ser sentido nas questões materiais e espirituais, caracterizada por rápidas e nocivas mudanças. A heresia está sendo apresentada nos moldes do Jardim do Éden, com astúcia estão substituindo a Palavra de Deus por outras de sucesso imediato e temporal, mas o seu fim será tenebroso. Os sentidos estão sendo corrompidos e os valores negligenciados. A plantação do Senhor está sendo acoitada pelo vento contrário que tenta desvirtuar o verdadeiro sentido de obediência a Deus. E, o nosso maior desespero está em ver que há cego guiando cegos, todos a caminho do inferno. Precisamos de novos Paulos a alertar que fora de Cristo não há salvação, e que os ditames humanos não são suficientes para resgatar a alma.
A questão não é se lavamos as mãos para comer ou não, ou se batemos palmas nos cultos, mas o distanciamento dos ensinos de Cristo, resumidos em dois grandes mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Os quais são cumpridos exemplarmente por ele, conforme seu chamamento: – Vinde a mim os cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. – Ele recebia a todos que o procuravam: cegos, coxos, ladrões, adúlteros, etc, e os perdoava, e os curava, sempre ensinando, – vai e não peques mais. – Ele não mudou, venha você também para Cristo, venha independente de sua situação, Jesus sara ainda hoje as tuas feridas, perdoa os teus pecados, muda a tua vida e salva a tua alma.
Ao dar a palavra de alerta à igreja de Corinto, o apóstolo estava lançando adubos com objetivos de fazer germinar as sementes ressecadas da plantação do Senhor e revitalizar as que dantes estavam em crescimento, além de protegê-las contra os ataques dos vilões da fé que procuram apartar os cristãos da simplicidade que há em Cristo.