domingo, 2 de março de 2014

JESUS E A MULHER CANANEIA (Mateus 15.21-28).



Quando ele foi aos termos de Tiro e Sidom não queria que alguém soubesse, mas não pode se esconder porque uma mulher, cuja filha era atormentada por um espírito maligno, lançou-se aos seus pés gritando e pedindo ajuda. A primeira reação dele foi de indiferença, logo não abriu a boca para lhe dar resposta, nem sequer olhou para ela. Como se nada lhe dissesse respeito, continuou andando.
__ Dê ao menos uma justificativa à mulher que vem gritando atrás de nós e depois a mande embora, pediam os discípulos dele. Ele se mostrou irredutível. Com desprezo, argumentou: __ O meu compromisso é com o povo israelita, ovelhas perdidas da casa do Senhor, e não com os estrangeiros, cananitas (de Canaã), filhos de Cão.
Ela ouviu as palavras dele e, naturalmente, chorou, chorou muito, mas mesmo assim o adorou. Disse que ele tinha razão, que a atitude dela era um atrevimento, mas necessitava urgentemente de ajuda e reconhecia que ele tinha o poder para libertar a sua filha da opressão.
__ Por favor, socorre-me Senhor, suplicou ela. __ A minha filha está miseravelmente endemoniada. Em resposta ele fez uma declaração surpreendente: __ Não é conveniente pegar o pão dos filhos para deitá-los aos cachorrinhos. E, sem dar muita importância à mulher, seguiu seu caminho.
Ela ficou desesperada. Sua filha estava moribunda. De novo caiu em prantos, chorou muito, e, novamente, implorou. Mas ele continuava indiferente à causa dela. E ela, como sempre, persistiu em conseguir sua ajuda.
Àquela altura ela estava ciente de que encontrara nele a solução, e nada, nada mesmo, nem a humilhante comparação depreciativa seria capaz de desviá-la do objetivo de recuperar sua filha. Afinal, a moça tinha mais valor do que os prejulgamentos ou adjetivos pejorativos.
Ela estava certa. Porém, ele colocava a prova o seu senso de valor. Ela, no entanto, superou suas expectativas, sobressaiu em muito as ovelhas de Israel, portanto se tornara merecedora de sua atenção.
O Senhor tem razão, atestou ela. E com o rosto molhado pelas lágrimas, lembrou-lhe de que os cachorros não são impedidos de comer as migalhas que caem da mesa dos seus senhores. A essa reposta ele cedeu, – agora ele concedia a bênção – e eufórico e radiante, em voz alta, exclamou: __ Ó mulher, grande é a tua fé! (Por encontrar nela a fé que esperava ver nos filhos de Israel). __ Seja feito para contigo como tu desejas.
Ela não disse nada, mas ficou crendo, a minha filha está liberta. Ele também não disse mais nada, mas desde àquela hora a filha dela sarou.
Pr. Bernal

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