S.
Marcos 8.35b (Qualquer que perder sua vida por amor de mim e do
evangelho, esse a salvará).
Às vezes me encontro pensando sobre os atos
heroicos dos servos de Deus no passado. Questiono o verdadeiro
significado e os frutos de suas ações. Eles se entregavam à morte,
mas não negavam seus princípios. Diante de todos professavam serem servos de
Jeová, discípulos de Cristo. E por essa fé sacrificavam a própria
vida.
O profeta Daniel¹, por exemplo, foi lançado
na cova dos leões para ser devorado por feras famintas porque
recusou obedecer ao edito real que o proibia de invocar ao Deus
verdadeiro. E ele orava três vezes ao dia. Não seria preferível
parar com os rogos a ser lançado à destruição. Não! Apenas seria
mais cômodo. Se ele cumprisse aquela ordem, estaria deixando de
cumprir um preceito bíblico, não presenciaria um milagre em sua
vida e perderia sua salvação. Assim disse o Senhor Jesus Cristo:
“qualquer que perder sua vida por amor de mim e do evangelho, esse
a salvará”. Os três amigos de Daniel – Hananias, Misael e
Azarias - preferiram ser lançado na fornalha de fogo ardente a se
curvar diante da estátua de Nabucodonosor. E por que o fizeram? Por
amor a Deus, por honrarem seus princípios de servos de um Deus
vivos.
No início da Era cristã, um exemplo fala
alto ao meu ouvido. O de Inácio, bispo de Antioquia. Ao ser
desafiado a negar a Cristo ou ser lançando aos leões, disse: “Sou
como o trigo debulhado de Cristo, que precisa ser moído pelos dentes
das feras antes de se tornar pão”. Além deste, vários se
entregaram à morte, alguns foram queimados, outros decapitados,
mortos à paulada, cerrados ao meio, comido pelas feras, tudo por
amor a Cristo e ao evangelho. Hoje, em início do século XXI,
estamos mais preocupados em salvar nossa pele, nosso nome, nossas
vidas do que nossa alma. Somos capazes de pensar que se estivéssemos
no lugar daqueles heróis da fé teríamos escapado “in leso” de
tudo. Temos até uma solução fácil para todas aquelas situações
por que passaram aqueles mártires. Nem de longe correríamos risco
de morte.
Para o cristão hodierno é mais cômodo crer
que Deus, conhecedor dos nossos corações, aprovaria nossas ações
para ludibriar os algozes. Assim, no caso de Daniel pararíamos de
fazer as orações só pra não sermos lançados à cova dos leões.
No lugar dos amigos de Daniel não hesitaríamos em encurvar diante
da estátua do rei em um ato “só para inglês ver”. Não
faríamos diferente no caso do Bispo Inácio. Para livrar nossa vida
de uma morte tão cruel a que um servo de Cristo não merece,
negaríamos facilmente o nome de Jesus.
É isso que está ocorrendo nesta terceira
década do pleno século XXI. Quantos já negaram a doutrina que
aprenderam e se dobraram diante da estátua de homens só para não
perder seus privilégios, cargos, posições, renunciaram seus
princípios, rejeitaram a Cristo. Deste modo estão salvando suas
vidas, mas perdendo suas almas.
Hudson Taylor² disse: “A obra fica difícil,
torna-se impossível, aí o milagre acontece”.
Ah, amigo e irmão. Vale a pena entregar a vida por amor a Cristo e ao evangelho. Daniel presenciou o Anjo de Deus fechar a boca dos leões. Seus amigos passearam com o Senhor dentro da fornalha de fogo ardente. E Inácio foi recebido na glória eterna por Jesus. Eles venceram. Eles alcançaram à salvação de suas almas.
Ah, amigo e irmão. Vale a pena entregar a vida por amor a Cristo e ao evangelho. Daniel presenciou o Anjo de Deus fechar a boca dos leões. Seus amigos passearam com o Senhor dentro da fornalha de fogo ardente. E Inácio foi recebido na glória eterna por Jesus. Eles venceram. Eles alcançaram à salvação de suas almas.
Vença você também, não tenha sua vida por
preciosa, renuncie privilégios e ainda que isso custe sua própria
vida não negue ao Senhor Jesus nem se afaste do Evangelho de Cristo.
“Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo todo e perder a sua
alma?” Mc. 8.36
¹ Profeta de Judá, no cativeiro Babilônico,
por volta do ano 600 a.C.
²O pai das missões no interior da China,
(1832-1905).