No segundo domingo de agosto, estaremos comemorando o dia
dos pais. Aproveito esta data tão significativa no calendário brasileiro para
homenagear aos pais que têm criados seus filhos na admoestação¹ do Senhor. Em
Deuteronômio 6.6-7 encontramos a recomendação da Palavra de Deus: "Estas palavras, que hoje te ordeno,
estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos, e delas falarás assentado
em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te..."
Não se pode comemorar o dia dos pais, sem a consideração ao
homem que realmente assumiu a condição patriarcal, de liderança de sua casa. Os
pais precisam de autoridade e autenticidade espiritual para superar os desafios
dos nossos dias e conduzir seus filhos a vencer as adversidades impostas pelo
mundo sem Deus. Os filhos não podem estar entregues a mercê da sorte, mas
cuidados e orientados por homens diligentes que assumem o verdadeiro papel de
pai e são tementes ao Senhor. A ordem de instruir os filhos está contida num
preceito legal estabelecido pelo Criador de toda a humanidade: Deus. A Palavra
dele deverá ser transmitida aos filhos cotidianamente. Um pequeno descuido pode
representar o abandono ao ensino verdadeiro.
A educação secular e espiritual dos filhos é obrigação dos
pais. Esses líderes dos lares são instrumentos do Senhor na instrução das
crianças e não devem falhar. Esta tarefa
não pode ser delegada a professores, igrejas, corporações militares ou a
qualquer outra organização ou pessoa. É dos pais a responsabilidade de cuidar
dos destinos eternos desses novos seres que são a herança do Senhor. E a
instrução não deve ser ocasional ou esporádica, de acordo com as
circunstâncias, mas constante. Não pode ser baseada em técnicas ou subterfúgios,
mas deve estar envolvida na autenticidade espiritual.
O ensino deve ser constante e baseado num preceito ainda
maior: o exemplo. Além de educar, os pais devem ser modelos. A quem seus filhos
estão imitando? Um ensino só será compreendido em sua plenitude se for
subsidiado de bons exemplos. Instrução divorciada de caráter é inútil. Os
filhos percebem quando os pais não são autênticos e rejeitam a atitude
hipócrita. Por isso, pai e mãe necessitam promover a educação pelo exemplo
diário de uma vida que expressa dignidade e integridade de conduta. Estamos na
era do deslumbramento. Ou os seus filhos estarão deslumbrados por você ou te
desprezarão, e outros terão influência sobre eles. As palavras falam aos
ouvidos, mas os exemplos saltam aos olhos.
A correção e a disciplina são instrumentos importantes
nesta tarefa. Em Provérbios 13.24 lemos: “Quem se nega a disciplinar seu filho
não o ama; quem o ama a seu tempo o castiga”. Isso não significa espancar os
filhos, mas direcioná-los aos padrões estabelecidos por Deus. Os filhos não
devem temer aos pais, mas amá-los e só assim poderão honrá-los. Isto será
alcançado quando a disciplina for uma ação de fazer o discípulo, em amor,
construído na obediência, de forma espontânea e natural, não tolhendo as iniciativas.
A manifestação da autoridade dos pais e o respeito por parte de seus filhos não
são dissociáveis da verdadeira amizade construída sobre uma relação saudável.
A recomendação do
apóstolo Paulo aos pais é esta: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos
filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor” (Ef. 6.4). Os pais
são compelidos pela palavra de Deus a cuidar, educar e conduzi-los no caminho
do Senhor. Essa autoridade paternal se traduz pela responsabilidade de
mantê-los ávidos pelo desejo de alcançar a vitória eterna, a salvação em Cristo
Jesus. Logo, o caminho para se cumprir a obrigação de instruir os filhos só
será alcançada num lar edificado sobre os princípios divinos, em que haja paz,
harmonia, entendimento e amor. Isso começa com pais alicerçados no evangelho de
Jesus Cristo. Por isso recomendo aos leitores, pais, que aceitem a Jesus em sua
vida e, então, você e seus filhos serão abençoados, assim terás um feliz dia
dos pais!
¹S.f. Advertência,
reprimenda, observação com caráter de crítica, de censura: fazer uma
admoestação.
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